sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

"Se o Irã atacar Israel, estaremos do vosso lado" - afiança diplomata russo

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDoPZOk1QOMaoZXIgIgUpMZDC1arQRfFne7AUFKTaGnKAMiAXhwyUISZZqZ0mQAdt7c2BA5WIxIapIc7B9YZyz8gOszkibXudlDPvHTkdznB_fvUGj0_YUikGdzcnflB88dQHITuetJ08/s400/Bibi+e+Putin.jpgO embaixador da Rússia em Israel afirmou que caso Israel venha a ser atacado pelo Irã, Moscou estará ao lado do estado judaico.

Esta declaração junta-se a outra em que o diplomata Leonid Frolov asseverou que Israel tem todo o direito de se defender, ao abater um drone intruso no seu território, porém não concorda com a afirmação israelita de que Teerã estaria por trás do lançamento do drone.


"Em caso de agressão contra Israel, não serão só os Estados Unidos a ficar ao lado de Israel - a Rússia também estará ao lado de Israel" - afirmou o embaixador, acrescentando: "Muitos dos nossos compatriotas vivem aqui em Israel, e Israel é em geral uma nação amiga, e portanto não permitiremos qualquer agressão contra Israel."

Nesta entrevista conduzida na passada Segunda-Feira na embaixada russa em Tel Aviv, o embaixador previu também que os israelitas não irão ficar contentes com o novo plano de paz proposto pelos norte-americanos, e menosprezou a ira com as alegações do presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas condenando Israel como um projeto colonial europeu sem ligação ao judaísmo.

"Apoiamos certamente o direito de Israel a se defender, e as ações dos pilotos israelitas foram inteiramente corretas" - afirmou Frolov, acrescentando a sua solidariedade para com os pilotos feridos em combate: "Certamente lamentamos que neste incidente dois pilotos israelitas tenham ficado feridos. Em nome da embaixada russa expresso o meu desejo de uma pronta recuperação dos pilotos israelitas."

Apesar de a Rússia ser uma clara aliada do Irã e da Síria, o embaixador considerou como "absolutamente legítima" a exigência de Israel para que o Irão não possa estabelecer uma forte presença militar na Síria.


Segundo a opinião do embaixador, Moscou concorda que as forças militares iranianas devem abandonar o país logo que a sangrenta guerra civil termine e um novo governo democrático seja estabelecido. Segundo Frolov, as forças militares do Irã foram solicitadas pelo presidente sírio Assad para o ajudarem no combate aos muitos grupos rebeldes que combatem contra o seu regime, acreditando mesmo assim que todas as forças militares estrangeiras presentes no terreno deixarão a Síria quando a guerra terminar.


O embaixador russo concorda que Israel tenha o direito a se defender, mas não está de acordo que tenha sido o Irã o responsável pelo envio do drone: "Estou convencido que cada aparelho drone que entra no espaço aéreo de Israel deve ser abatido. Seria ainda melhor abatê-lo sem no entanto o destruir e ver quem é que o construiu e a quem pertence" - asseverou o diplomata russo através de um intérprete. 


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Drone Iraniano semelhante ao que foi abatido em Israel
E acrescentou: "Pode-se acusar os iranianos de muitas coisas, mas estúpidos é que eles não são. Eles sabem o que aconteceria se enviassem um drone para Israel. Ninguém duvida que Israel tem capacidade para derrotar as forças iranianas presentes na Síria. Mas não queremos assumir, sem a existência de provas, que os iranianos na Síria sejam loucos."

Uma "Escalada inesperada"

As Forças de Defesa de Israel afirmaram inequivocamente que o drone - uma réplica do do americano RQ - 170 - foi construído e pilotado por tropas iranianas estacionadas na Síria. Ontem mesmo a embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley disse ao Conselho de Segurança que "milícias apoiadas pelo Irão" estavam por detrás do ataque com o drone, que ela descreveu como sendo uma "escalada inesperada" e "uma chamada de atenção a todos nós."

O diplomata russo adiantou ainda que a Rússia gostaria de ter um maior envolvimento nas conversações de paz, reconhecendo no entanto que "sem os EUA é impossível chegar-se a entendimentos."


Para Frolov é importante ver-se uma maior proximidade dos norte-americanos ao plano de paz, no entanto alertou para "algumas penosas concessões" que o mesmo exigirá aos israelitas. 


Shalom Israel Shalom
DeOlhOnafigueira

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