domingo, 19 de outubro de 2014

Banco Mundial alerta: 'estamos perdendo batalha' contra o Ebola


Segundo o Banco Mundial, a epidemia de Ebola pode custar mais de 32 bilhões de dólares na África Ocidental até 2015
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, declarou nesta sexta-feira que "nós estamos perdendo a batalha" contra o vírus Ebola, por falta de solidariedade internacional.
Durante coletiva de imprensa na sede da OCDE, em Paris, Kim afirmou que "alguns países só estão preocupados com suas próprias fronteiras", o que é "muito preocupante".

Para ele, esses países "ainda não tomaram consciência da necessária solidariedade" internacional na luta contra o vírus que já matou mais de 4.500 pessoas.

As Nações Unidas consideram que cerca de US$ 1 bilhão sejam necessários para o combate eficaz à epidemia.

A ONU recebeu até agora 38,1% da ajuda requerida (US$ 377 milhões dos US$ 988 milhões solicitados), declarou nesta sexta-feira um porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA na sigla em inglês). "É preciso adicionar 217 milhões de dólares prometidos, mas que ainda não entraram nas contas", destacou.

Um fundo especial da ONU chamado Trust Fund, criado para enfrentar esta emergência, dispõe apenas de 100.000 dólares dos US$ 20 milhões previstos. A quantia corresponde apenas à ajuda da Colômbia.

"Dezenas de países expressam sua solidariedade. Mas temos que transformar as promessas em ação. Precisamos de mais médicos, enfermeiros, materiais e centros de tratamento", destacou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

De acordo com o último balanço da OMS, 4.555 pessoas morreram de Ebola de um total de 9.216 casos registrados em sete países (Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos).

A maior parte dos casos se concentra em três países do oeste da África, que estão no centro da epidemia: Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Especialistas sanitários advertem que a taxa de infecção do Ebola pode aumentar dos 1.000 por semana atuais para 10.000 semanais em dezembro.
 
AFP
DeOlhOnafigueira

Nenhum comentário:

Postar um comentário