terça-feira, 17 de setembro de 2013

Paul Craig Roberts: “Putin, novo líder mundial”

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Muito estranho o rumo que o mundo está tomando...Se realmente o sistema da nova ordem venha ser 'capimunista', seria Putin, ex-agente da KGB, o líder ideal para ela?

Obama em seu discurso de 10/9/2013 disse a mesma coisa que Hitler disse aos alemães... “...o que faz os EUA diferentes. É o que nos faz excepcionais”.

A carta aberta de Putin, publicada no New York Times de 11/9/2013, fez estrebuchar todos os porcos da cidade. Os porcos hoje estrebuchantes são exatamente os que já se suspeitava que estrebuchariam – todos cujas agendas e lucros engordariam ainda mais no caso de o regime Stasi-Obama atacar a Síria.

Entre os porcos estrebuchantes estão os blogueiros da ONG Human Rights Watch, que estão sendo financiados pelo bolsinho de moedas da CIA.

Será que ainda resta alguma instituição que não tenha sido corrompida pelo dinheiro de Washington?

Observe-se que a razão pela qual criticam Putin é ele ter impedido o regime Obama de atacar a Síria e de massacrar incontáveis vítimas sírias em nome dos direitos humanos. Os porcos estrebucham de fúria, porque a guerra de Obama foi bloqueada. Eles tanto queriam o massacre! O massacre lhes engordaria tanto o bolso e tanto promoveria suas agendas!

A maior parte dos que estão criticando Putin são intelectualmente lesados demais para compreender que aquela carta aberta de Putin, brilhante, humana, pôs Putin no papel de líder do mundo livre, defensor do estado de Direito. E expôs Obama como o que realmente é – líder de um governo bandido, fora da lei, opressivo, secretivo, criminoso que mente e comete crimes de guerra.

Putin, diplomático, foi muito cuidadoso ao criticar o discurso de 10/9, no qual Obama tentou justificar o estado-sem-lei de Washington, em termos de um “excepcionalismo norte-americano”. Obama, na tentativa de puxar pela coleira o regime que preside e elevá-lo ao paraíso moral, disse que a política do governo dos EUA é “o que faz os EUA diferentes. É o que nos faz excepcionais”.

Obama disse aos norte-americanos exatamente o que Hitler disse aos alemães.

Os russos que, mais que qualquer outro povo, enfrentaram o furor massivo da máquina de guerra alemã, sabem o quão perigoso é encorajar as pessoas a verem-se, elas mesmas, como excepcionais, acima da lei, acima das Convenções de Genebra, acima do Conselho de Segurança da ONU, acima de qualquer interesse humano pelo próximo. Putin lembrou Obama de que “Deus nos criou iguais”.

Menos diplomata, se Putin quisesse dar a Obama a resposta que Obama merece, poderia ter dito que Obama acerta, quando diz que a política do governo dos EUA é o que torna os EUA excepcionais. Os EUA são o único país do planeta que atacou oito países em doze anos para assassinar e roubar milhões de muçulmanos, tudo a partir de mentiras, mentiras e mentiras. Mas esse não é excepcionalismo do qual alguém se possa orgulhar.

Putin é obviamente muito mais do que adversário capaz de derrotar os doidos, imorais, imbecilóides que os norte-americanos elegemos para a Casa Branca. Mas, ainda assim, Putin não pode subestimar a capacidade de mentir, trair e enganar dos seus adversários em Washington.

Putin alertou que os militantes fanáticos que Washington está plantando em todo o Oriente Médio são motivo de muita preocupação. Ao voltar aos seus respectivos países, aqueles fanáticos disseminam a desestabilização, exatamente como os extremistas fanáticos que os EUA jogaram sobre a Líbia logo se mudaram para o Mali.

Desestabilizar outros países é, precisamente, o objetivo das guerras de Washington no Oriente Médio. Washington planeja fazer com que a radicalização dos muçulmanos logo alcance as populações muçulmanas da Rússia e da China.

A máquina de propaganda de Washington converterá aqueles terroristas em “combatentes da liberdade contra os regimes opressores na Rússia e na China”. E usará ONGs como Human Rights Watch e outras organizações que Washington já contaminou e corrompeu, para denunciar que Rússia e China teriam cometido crimes de guerra contra os tais “combatentes da liberdade”. Em seguida, sem dúvida possível, haverá ataques com armas químicas, orquestrados como os que se viram, há poucos dias, na Síria.

Se os estados fantoches de Washington na OTAN acordarem a tempo, os fazedores de guerras de Washington ainda podem ser isolados, e a humanidade ainda pode ser poupada de uma 3ª guerra mundial.

[*] Paul Craig Roberts (nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano, colunista do Creators Syndicate. Serviu como secretário-assistente do Tesouro na administração Reagan e foi destacado como um co-fundador da Reaganomics. Ex-editor e colunista do Wall Street Journal, Business Week e Scripps Howard News Service. Testemunhou perante comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política econômica.

Durante o século XXI, Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch, escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como habeas corpus e o devido processo legal. Tem tomado posições diferentes de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra contra o terror, e criticando as políticas e ações de Israel contra os palestinos. Roberts é um graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia e tem Ph.D. da Universidade de Virginia, pós-graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.
 
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