quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Israelenses e palestinos retomam negociações em clima de tensão

Novos assentamentos israelenses na cidade de Gilo, na Cisjordânia, em foto desta terça-feira, 13 de agosto de 2013.



Novos assentamentos israelenses na cidade de Gilo, na Cisjordânia, em foto desta terça-feira, 13 de agosto de 2013.
REUTERS/Baz Ratner




Israelenses e palestinos se reuniram na noite dessa quarta-feira, 14 de agosto, em Jerusalém, para a segunda rodada de negociações de paz, três anos após a interrupção das discussões. Apesar dos esforços, principalmente dos Estados Unidos, para a retomada do diálogo, o encontro acontece em clima tensão e pessimismo de ambos os lados.

De acordo com responsáveis palestinos, os negociadores estão reunidos no hotel King David em Jerusalém desde 20h no horário local (14h em Brasília). Israel não confirmou a informação e nenhum detalhe sobre o encontro foi divulgado até agora. As discussões devem ser chefiadas pela ministra israelense da Justiça, Tzipi Livni, e o negociador palestino Saëb Erakat, com a presença de Martin Indyk, enviado especial norte-americano.

Apesar da libertação de 26 prisioneiros palestinos feita por Israel poucas horas da reunião, as discussões foram retomadas nessa quarta-feira em clima de tensão. Principalmente após os anúncios feitos nos últimos quatro dias pelo ministro israelense da Habitação, Uri Ariel, que pretende construir mais de 3 mil residências na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. O responsável palestino Yasser Abed Rabbo reagiu imediatamente, dizendo que “a colonização ameaça acabar com as negociações antes mesmo que elas comecem”.
 
“Ninguém vai ditar onde nós podemos construir”, retrucou Ariel, que faz parte do partido nacionalista contrário à criação do Estado Palestino. O ministro também disse que as novas construções serão realizadas nas colônias isoladas, e não apenas nas zonas de implantação onde vive a maioria dos 360 mil colonos instalados na Cisjordânia.

Os Estados Unidos, que mediaram a retomada das conversas, também criticaram a atitude de Israel, apesar do tom moderado de Washington. O secretário de Estado norte-americano John Kerry lembrou que as colônias são “ilegítimas”, mas afirmou que o presidente palestino Mahmoud Abbas se comprometeu em continuar as negociações.
 
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DeOlhOnafigueira

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